Este projeto foi criado pensando na demanda das instituições de ensino por vivências indígenas nos meses de Abril e Agosto, quando se comemora o dia do índio e o dia do folclore, respectivamente, com base no calendário oficial. O grupo Kaçafeyta, composto de indígenas da etnia Kariri Xocó e liderado pelo Cacique Kayrrá, ministra vivências indígenas nas escolas e outros espaços há mais de dez anos, portanto, possui ampla experiência neste trabalho.
Assim sendo, os indígenas se deslocam da Aldeia Kariri Xocó em Alagoas e permanecem na cidade de São Paulo com o fim de divulgar sua cultura, especialmente em escolas, mas também em universidades, parques, hotéis e demais espaços interessados. Além disso, é possível executar o projeto durante o ano todo, não apenas no mês de Abril ou Agosto.
A duração das atividades do grupo pode ser adaptada à conveniência local. Não há necessidade de uma estrutura especial para receber as vivências indígenas, porém, é recomendado um espaço que comporte todos de forma confortável e possibilite o desenvolvimento de danças de roda.
São oferecidas as seguintes atividades:
- Palestra
A palestra é ministrada pelo líder do grupo, Cacique Kayrrá. É possível delinear previamente o conteúdo da exposição, dentre os temas pertinentes à cultura indígena. Normalmente, fala-se sobre a estrutura da aldeia Kariri Xocó, costumes dos índios, história, além de ser possível o esclarecimento de dúvidas específicas.
- Toré
O Toré é um conjunto de cantos e danças indígenas que expressa acontecimentos históricos e culturais, apresentando em forma de arte os fenômenos naturais do universo tribal. Os Kariri Xocó são um povo indígena de cultura musical, tendo no toré sua maior representatividade. O instrumento musical Macará é tocado de acordo com os batimentos cardíacos, respeitando e seguindo o ritmo da vida. Quem porta o Maracá está com o planeta Terra em miniatura, simbolizado no coité. Girar este instrumento na mão é movimentar o mundo, trazendo o dia, a noite, a mudança das estações. Os círculos dos movimentos da dança representam a circunferência da Terra, do sol e da lua, a aldeia, a oca, o círculo da vida. O Grupo dança sozinho e posteriormente, convida os alunos e professores para compor o círculo e aprender a dançar e cantar.
- Venda de artesanato
O artesanato oferecido é produzido na aldeia e parte da renda resultante de sua venda é para lá destinada. O artesanato diz muito sobre a cultura indígena, com seus significados e sua força ancestral, como a proteção esperada pelo elemento impresso no maracá ou a eficiência do arco e flecha na caçada. Os desenhos pontiagudos remetem as serras, onde nascem os rios, os elementos ondulares são as ondas da água. As sementes, penas e outros materiais naturais utilizados para a confecção dos produtos, transmitem a energia destes elementos, através da simbologia adotada pelo povo indígena.
- Montagem da oca
Propicia-se aos alunos a experiência de entrar numa oca de verdade, feita com materiais naturais, numa reprodução em menor escala, porém, fiel as moradias de antigamente das aldeias.
- Pintura corporal
A pintura é realizada pelos indígenas no rosto dos alunos que tenham interesse, com base nos traços indígenas Kariri Xocó, que reproduzem sentimentos e simbologias deste povo. A tinta usada é facilmente retirada com água e não danifica a pele. Até os professores e funcionários entram na brincadeira!
Por fim, é importante esclarecer que o conteúdo acima exposto compõe o programa padrão oferecido para as vivências, porém, pode possuir caráter opcional, assim sendo, é possível suprimir algum (ns) item (ns) com o fim de se adequar às preferências do local, mediante prévio acordo.
Abaixo segue uma galeria de fotos das vivências indígenas já realizadas. Clique na foto para ampliá-la.
Clique nos vídeos abaixo para conhecer um pouco mais sobre as vivências do Projeto Sambyyé Baxó: